Temas bastante polêmicos na atualidade e de grande relevância no entendimento dos tipos de relacionamentos que se têm estabelecido entre as pessoas nos últimos tempos. Os relacionamentos, atualmente, nada convencionais têm gerado bastante polêmica entre as pessoas mais antigas, que têm dificuldade de entender essas mudanças.
O namoro, quando é levado a sério, é um momento muito bonito na vida das pessoas. É necessário maturidade para que um casal possa assumir um compromisso e viver um romance sério, porque somente romances sérios têm desfechos bonitos. Os relacionamentos amorosos podem revelar belíssimas histórias românticas que sempre inspiraram a literatura, o cinema e a própria vida das pessoas, pois um verdadeiro amor sempre marca época na vida das pessoas, seja pela experiência própria, seja pelos livros ou pelos inesquecíveis filmes que salpicaram a história do cinema.
Atualmente, vêem-se poucos namoros à moda antiga. Diferentemente do que canta Roberto Carlos em uma de suas belas canções, poucos ainda mandam flores, e o adjetivo “querida” é mais usado em sentido irônico e menos como expressão de carinho. Em outros tempos, os relacionamentos primavam pela conquista da confiança e do respeito do outro. O sexo era mais uma consequencia do que um fim. Hoje, parece que isso se inverteu.
Infelizmente, a sexualidade tornou-se alvo de exploração. O “propagandismo” vem explorando o sexo de forma irresponsável no meio publicitário, causando sérios efeitos sociais. Isso tem levado as novas gerações à falta de critérios na prática do sexo, que, outrora, era pautada por um significado importante na vida dos jovens e até mesmo dos adultos. Talvez por ser mais resguardada, a sexualidade ainda não era explorada comercialmente.
Não entraremos na questão dos relacionamentos extraconjugais, que trazem sérias consequências aos casais. Tentamos nos ater á discussão do comportamento sexual do jovens e adolescentes, que atualmente têm se iniciado cada vez mais cedo, com incalculáveis consequências para essa geração.
Na fase da juventude, os hormônios exercem grande pressão ao estímulo sexual. Considerando que o homem é uma combinação de espírito e carne, diante dessa pressão hormonal, quem precisa estar fortalecido e melhor preparado para resistir à fraqueza do corpo, é o espírito. Somente a preparação espiritual pode balizar a hora mais amadurecida para a inicialização sexual, porque a natureza do organismo, por diversas questões, inclusive hábitos alimentares na atualidade, tem dado sinais cada vez mais cedo da puberdade. Isso, somado às deficiências da educação que muitos adolescentes e muitos jovens vêm recebendo, fertiliza as possibilidades de uma inicialização sexual cada vez mais cedo. A prática prematura do sexo tem encontrado terreno fértil cada vez mais cedo para ser efetivada e terá uma dinâmica cada vez maior se não houver uma mudança no comportamento social.
Os valores espirituais são bases para o senso crítico das atitudes comportamentais dos indivíduos. A ação comportamental deve ser pautada pela consciência das leis morais de Deus. Não se quer aqui reprimir ou julgar atitudes, determinando a hora do desabrochar da sexualidade, nem da prática sexual, mas se quer apenas chamar a atenção para as coisas que acontecem à nossa volta sem que tenhamos um olhar crítico sobre elas.
As coisas simplesmente mudam e as pessoas se adaptam ao esquema sem perceberem que está sendo tirada a autonomia sobre suas próprias decisões. Não estamos tendo controle sobre nossas atitudes comportamentais e também não estamos nos esforçando para conduzir as coisas no rumo certo. A verdade é que perdemos o controle do leme e o barco está à deriva dos ventos que sopram em qualquer direção.
Estamos sendo adaptados ao esquema das coisas, das regras e das ideologias ditadas por forças que estão à nossa margem, ou muitas vezes intrínsecas ao processo das relações sociais, forças essas que não se percebem e não se vêem, porque estão no plano das idéias que invadem de forma camuflada e nos alienam a certos comportamentos, dos quais somos involuntários e passivos.
Precisamos fortalecer nossos conceitos sobre a vida e percebermos mais as coisas que acontecem à nossa volta, para não sermos conduzidos e nem consumidos por elas, porque somente um homem consciente pode libertar-se, afinal Jesus Cristo nos ensinou que somente a verdade liberta. Precisamos aprimorar nossos “ouvidos de ouvir”, “nossos olhos de ver” e nosso senso crítico para retomarmos nosso direito de iniciativas próprias. Esse é o senso que precisamos desenvolver em nossa juventude, preparando-a melhor para iniciativas conscientes e centradas de uma forma livre e criativa.
Precisamos preparar nossas crianças, nossos adolescentes, nossos jovens e até mesmo nossos adultos para saberem a hora certa de tomarem as decisões, e não apenas em relação à sexualidade, que é apenas um passo na grande caminhada da vida.
Em meio a toda essa confusão da desorganização social que se vive, os jovens sofrem muito, pois se tornam cada vez mais escassos os seus melhores referenciais. Na verdade, não é o valor da sexualidade que foi vitimado pelo comportamento imaturo dos jovens, e sim o contrário. O jovem tem sido vítima direta da pressão prematura que a sexualidade tem exercido nos últimos tempos, ele não está preparado emocionalmente para sua oferta aguçada como produto de venda. Como resultado lhe sobram a ansiedade e a angústia de desfechos muitas vezes tristes, que podem até mesmo causar grandes feridas psicológicas na vida dessa garotada que passa a ter relações sexuais apenas para atender uma ordem da mídia e do “propagandismo”, o que se convencionou chamar de “moda”.
Um ato que deveria expressar o carinho e selar a união entre dois seres que se amam acaba sendo praticado sem critério e de forma irracional, forçando pela pressão prematura que culmina com a falta do apoio e da presença de certos pais e também com a falta de responsabilidade de muitos adultos.
Nesse sentido, a sexualidade perdeu seu propósito e deu lugar à chamada “genitalidade”, capaz de desequilibrar o relacionamento de namoro entre jovens e adolescentes. Talvez essa seja a consequência de uma sociedade por demais moderna que rompe com certos valores morais, e em sua maior parte, o que ainda é pior, por demais desinformada, sendo moldada sem nenhum critério comportamental, o que interfere de forma direta na psique e na formação da personalidade dos novos homens. Só para refletir: até que ponto chegaremos se o círculo continuar assim, tão vicioso? É preciso que haja muita reflexão para sabermos para onde queremos ir, quando e como queremos chegar.
É como se tudo aos poucos fosse se enquadrando com naturalidade. Acontecem coisas que anos atrás seriam escandalizantes, mas que hoje se tornam, para alguns, valores que precisam até ser conservados. Do jeito que as coisas estão facilmente sendo introduzidas na sociedade, fica até difícil imaginar como tudo vai terminar, e que tipo de coisas ainda poderão ser vistas nessa descompromissada quebra dos valores morais que se vê acontecer todos os dias.
O sexo, ideologicamente, vem se tornando uma coisa muito comum. Estimulando os novos ritmos, a TV contribui com cenas sugestivas de sexo entre jovens e adolescentes e raramente os pais se preocupam em controlar horários e programas que os jovens podem assistir. Isso sem falar dos vídeos eróticos que são acessíveis a qualquer um no mercado pelo comércio ou pela internet.
A preocupação do homem em acumular riquezas dá ao capitalismo prioridade sobre os maiores valores humanos: os sonhos, os ideais e até mesmo sobre os valores das leis naturais da vida que é a própria lei de Deus. Tudo tem se tornado meio de comércio. Tentam vender de tudo, fazendo qualquer coisa para convencer, sem se importar com as consequências. Certas propagandas que podem causar avalanches de problemas na sociedade pela indução do uso disso ou daquilo recebem pouca ou quase nenhuma censura.
A inescrupulosidade dos atos sexuais que são apresentados sem censura desperta comportamentos igualmente inescrupulosos na garotada, que acaba por colocar tudo o que vê em prática. O problema é que nem sempre há preocupação de incentivar a informação sobre os diversos fatores que envolvem a prática sexual. Isso facilita as crises de identidade na juventude que ainda não está madura o suficiente para entender coisas que são necessárias para ter uma visão mais sensata e mais consciente da vida. Infelizmente, em pleno século XXI, ainda há um grande número de famílias que não sabem como lidar com a questão da educação sexual.
Se os pais ainda não estão preparados para falar sobre sexo com os filhos, é bom lembrar que as informações, ainda que inadequadamente, continuam sendo disponibilizadas e de forma bem prática e acessível. Essas informações estão educando nossos adolescentes sem os critérios que deveriam ser aplicados pelos pais.
Alguns valores hoje tidos como caretas se perderam na evolução do “regresso”, e não do progresso das relações desmedidas de namoro dessa juventude alienada. Dar um beijo no rosto e até mesmo andar de mãos dadas há algum tempo requeriam certos sacrifícios dos rapazes. Tempo em que um olhar mais sinuoso sugeria uma respeitosa aproximação e até mesmo o início de uma bela história de amor com casamento e constituição de família próspera e tudo o que se tem direito num relacionamento feliz.
Sabemos que os tempos são outros e que não dá para voltar ao passado, mas é importante refletir sobre essa questão. As tradicionais experiências vividas por nossos antepassados não são tabus que devem ser quebrados, e sim hábitos que deveriam ser retomados à prática, pelo menos em sua essência maior, com o cerne das relações amorosas pela juventude dos nossos dias.
Quando os jovens que estão distantes das igrejas voltarem à prática religiosa, o namoro também se restabelecerá pelos valores morais, pois é na luz divina que o espírito é fortalecido, tornando-se preparado para conduzir as nossas práticas com responsabilidade e sabedoria.
O amor é uma das coisas mais sérias e mais bonitas que acontece na vida dos seres. Namorar, deixando que Deus participe dessa prática milenar, é um ato de grande sabedoria e de satisfatório prazer espiritual quando se está certo da opção de vida que se faz. Ou seja, o prazer deve estabelecer-se no espírito, e não apenas no corpo.